Estou na faculdade e são 16:35 da tarde, no quadro branco o professor está fazendo um tanto de riscos que ele insiste em denominá-los de triângulos retângulos e outras formas trigonométricas, bem a minha frente tem um cara com uma enorme cabeça que me tampa toda a visão até aquele charmoso professor de física. Meus pensamentos meio que embalados pelo sono e pelo clima frio da sala me levaram a um lugar distante, totalmente diferente do que estou, um lugar lindo cheio de flores e borboletas, há muita cor e tudo é muito sensível, um toque mal calculado e uma pedrinha se transforma num belo pássaro de asas coloridas com um suave canto. Ao longe há uma menina de longos cabelos dourados, com olhos cor de mel bem destacados, logo acima daquelas maçãs saltadas e rosadas em seu perfeito rosto. Ela acarinhava uma pequena borboleta azul, e pelo gesto de seus lábios parecia balbuciar algumas palavras meigas àquele dócil bixinho que batia incessantemente suas asas defeituosas desejando alçar vôo.

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