quarta-feira, 29 de junho de 2011

Direito de cidadão

Exercer o papel de cidadão, não é lá é uma coisa muito fácil, você tem que ter a plena certeza de sua decisão, e saber exatamente qual dos dois lados será o melhor pra uma nação ou comunidade. Analisar os dois lados de uma forma neutra não é um ato mecânico e corriqueiro que fazemos no dia-a-dia...é observar, é colocar na balança e ver para qual lado se pesa mais, é saber definir os prós e os contras sem deixar a justiça de lado, é saber o que, e quem se importa mais com você sem precisar te subornar por isso, é saber quem sorri pra você e quem realmente vai dar a cara a tapa e vai entrar na guerra por você, é saber dividir o pessoal do profissional, é saber escolher e escolher o que achar certo pra você, é saber ouvir, é saber expressar suas idéias e opiniões sem precisar agredir alguém, sem precisar impor o seu desejo aos outros de forma injusta e desonesta, é saber não se deixar levar por um agrado aqui e outro ali, é saber deixar a emoção de lado, quando se tem que trabalhar com a razão, é saber entender que os candidatos são seres humanos, e que no final do segundo tempo sempre vão querer nos agradar e nos levar para o seu lado. Então eis que surge aquela indecisão na última hora, e você não sabe pra que lado decidir, então por que não dar lugar ao novo? por que não dar a chance à inovação? ou, por que não deixar as coisas como estão? estamos satisfeitos, ou queremos mudança? o bom humor vai continuar ainda que a derrota chegue? a amizade e os agrados vão acabar quando a vitória chegar? o poder vai subir à cabeça e as coisas vão voltar como eram antes? alguém realmente vai se importar com a gente depois da eleição? o que vamos ganhar? o que vamos perder? já vivemos num caos, por que não optarmos por um caminho onde podemos pelo menos ter uma comunicação direta, e voz ouvida por nosso dirigente?
Exercer os nossos direitos é um ato de poder, de superioridade que cabe somente a nós e a mais ninguém, é a hora de expormos nossas idéias e fazermos valer a nossa voz e o nosso desejo.
Ganhe quem ganhe, perca quem perca, estaremos aqui pra lutar...

sábado, 18 de junho de 2011

E daí? Eu adoro voar

Já escondi um AMOR com medo de perdê-lo, já perdi um AMOR por escondê-lo.
Já segurei nas mãos de alguém por medo, já tive tanto medo, ao ponto de nem sentir minhas mãos.
Já expulsei pessoas que amava de minha vida, já me arrependi por isso.
Já passei noites chorando até pegar no sono, já fui dormir tão feliz, ao ponto de nem conseguir fechar os olhos.
Já acreditei em amores perfeitos, já descobri que eles não existem.
Já amei pessoas que me decepcionaram, já decepcionei pessoas que me amaram.
Já passei horas na frente do espelho tentando descobrir quem sou, já tive tanta certeza de mim, ao ponto de querer sumir.
Já menti e me arrependi depois, já falei a verdade e também me arrependi.
Já fingi não dar importância às pessoas que amava, para mais tarde chorar quieta em meu canto.
Já sorri chorando lágrimas de tristeza, já chorei de tanto rir.
Já acreditei em pessoas que não valiam a pena, já deixei de acreditar nas que realmente valiam.
Já tive crises de riso quando não podia.
Já quebrei pratos, copos e vasos, de raiva.
Já senti muita falta de alguém, mas nunca lhe disse.
Já gritei quando deveria calar, já calei quando deveria gritar.
Muitas vezes deixei de falar o que penso para agradar uns, outras vezes falei o que não pensava para magoar outros.
Já fingi ser o que não sou para agradar uns, já fingi ser o que não sou para desagradar outros.
Já contei piadas e mais piadas sem graça, apenas para ver um amigo feliz.
Já inventei histórias com final feliz para dar esperança a quem precisava.
Já sonhei demais, ao ponto de confundir com a realidade... Já tive medo do escuro, hoje no escuro "me acho, me agacho, fico ali".
Já cai inúmeras vezes achando que não iria me reerguer, já me reergui inúmeras vezes achando que não cairia mais.
Já liguei para quem não queria apenas para não ligar para quem realmente queria.
Já corri atrás de um carro, por ele levar embora, quem eu amava.
Já chamei pela mamãe no meio da noite fugindo de um pesadelo. Mas ela não apareceu e foi um pesadelo maior ainda.
Já chamei pessoas próximas de "amigo" e descobri que não eram... Algumas pessoas nunca precisei chamar de nada e sempre foram e serão especiais para mim.
Não me dêem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre.
Não me mostre o que esperam de mim, porque vou seguir meu coração!
Não me façam ser o que não sou, não me convidem a ser igual, porque sinceramente sou diferente!
Não sei amar pela metade, não sei viver de mentiras, não sei voar com os pés no chão.
Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra SEMPRE!
Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes.
Tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.
Você pode até me empurrar de um penhasco que eu vou dizer:
- E daí? EU ADORO VOAR!

(Clarice Lispector)

sexta-feira, 17 de junho de 2011

...e quando você vê, já passou...

Vivemos numa correria tão louca, que nem ao menos paramos pra pensar no que acontece a nossa volta. Estamos sempre sem tempo pra fazer alguma coisa, mas ao mesmo tempo estamos super atarefados e chegamos a fazer trocentas coisas num segundo...corremos tanto, rodamos feito baratas tontas que ao término do dia estamos exaustos sem ânimo pra exatamente nada. Enquanto isso deixamos de lado nossas prioridades e necessidades, esquecemos dos amigos, dos animais de estimação, da família...aqueles longos telefonemas com os amigos se torna passado, as saidinhas, as diversões, as risadas...tudo vai ficando distante e quando você se dá conta percebe que a sua convivência se limitou a um número "x" de pessoas as quais você vê todos os dias, começa a perder os contatos, perde as informações do dia-a-dia da sua própria casa. Nos trancafiamos numa rotina tão cruel que nem se quer sobram brechas pra respirar, começa a passar todo o seu tempo longe das pessoas que ama, das coisas que realmente gosta e no final não te resta nem alguns minutos pra deitar no chão e fazer um carinho no seu cachorro. Com a família é apenas aquele "Oi", "Bom dia, tô saindo", "tchal"...e assim se vai, tudo vai tomando um rumo muito estranho, e que se não tivermos um controle acabaremos sozinhos, e essa é a pior alternativa se pensar que um dia você teve tempo pra todos e pra tudo e que agora só te restam regras e horários a serem cumpridos. Nesse momento vai ver que já passou...que o tempo se foi e que você não saiu do lugar, apesar de ter feito tanta coisa que julgava ser "necessário", seus amigos se foram, sua família está irreconhecível, e quem você tanto gostava se afastou na sua ausência.

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Desabafo

Queria ter ânimo pra fazer mil e uma coisa, mas o que eu quero é apenas durmir, ultimamente os dias tem sido totalmente estressantes, desgastantes...vejo o professor balbuciar palavras, fórmulas que se passam despercebidas e desconhecidas aos meus olhos, não sei o que pensar muito menos o que fazer e por causa disso somos chamados gritantemente de "analfabetos" e "ignorantes". Isso me faz refletir: e o meu futuro? caramba quem tem que se preocupar com ele sou eu e mais ninguém...não sou obrigada a ouvir os outros a decidirem o que só interessa a mim. Não tenho ouvidos de ferro nem sangue de barata para aguentar tantos insultos e manter-me calada. Ninguém é tão inocente a ponto de não saber o que está fazendo.

(Momentos de tensão e raiva)

quarta-feira, 8 de junho de 2011

"Dos nossos planos é que tenho mais saudade...quando olhávamos juntos na mesma direção, aonde está você agora além de aqui dentro de mim?"

Renato Russo


E o amor, ele existe?


O amor existe? Mas onde exatamente ele está? Que eu não consigo encontrar, não consigo alcançá-lo, parece tão distante de mim, que nem ao menos consigo senti-lo...tão impossível que jamais poderei chamá-lo de meu. Ah! o amor, é por ele que sofremos, que derramamos rios de lágrimas e que no fim não tem sentido algum, sofremos tanto por algo que talvez seja inalcançável e que seja preciso ter dons, virtudes, sei lá o que para poder tê-lo, afinal alguém tem? Onde e com quem podemos consegui-lo um pouco? Não sei, não sei...são respostas insatisfatórias, porém persistentes. O que se faz com uma ferida causada por esse tal do 'amor'? Já tentei escondê-la, mas uma hora ou outra alguém muito mal vem e a cutuca novamente, e a cada cutucada a dor se torna mais intensa e impossível de suportar, então eis que surge como num ato mecânico, lágrimas... lágrimas e mais lágrimas, e só mais tarde percebe que não vale a pena, que o pranto não vai te trazer de volta aquilo que você tanto quis e que antes mesmo de tê-lo, perdeu. Então em meio a esse sofrimento você começa a pensar numa forma de sair desse estado de espírito e de alguma maneira conseguir vencer o que tanto te aflige e a maneira mais sensata, apesar de cruel, é se trancafiar, é criar uma carapaça protetora, impermeável e impenetrável onde nada seja capaz de ultrapassar e você consiga permanecer imune a qualquer tipo de recaídas ao sofrimento, e promete a não mais acreditar que existe 'amor', a deixar de ser uma pessoa amorosa, esquecer que um dia foi capaz de amar alguém e se prender a um mundinho, ao seu mundinho, criado por você, onde você é quem dita as regras e os inquilinos que quiserem que se adaptem a sua forma de vida. Neste momento o que importa é você e mais ninguém, o que interessa é a sua promessa feita na hora de maior angústia, na hora da raiva, com o sangue quente, foi tão forte que chegou a cerrar punhos e dentes ao prometer que de agora em diante as coisas mudariam e que nunca mais derramaria uma lágrima por criatura nenhuma, se prostraria numa capa e se tornaria um ser de ferro capaz de suportar a tudo sem se esmorecer, capaz de pagar com a mesma moeda da crueldade àqueles que tanto te fizeram chorar e sofrer, e um dia ainda seria muito melhor que eles, e quando chegassem até você, sua pergunta seria: Eu te conheço?

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Navegar em mim

Assinando o fim
Eu lamento tanto
Palavras perdidas
Sensações vividas
Eu anulo em mim
A promessa feita
Eu desfaço o sonho
De amor por toda a vida
Foi engano achar
Que você me amou
Afinal de amor
Você não sabe nada
Foi um erro aceitar
O seu gesto de amor
No final a dor
Me fez sua morada
Alguém pra me amar
Precisa me aceitar
Assim como eu sou
Imperfeita, amor
Quem quiser me amar
Precisa ter o dom
Bem mais que seduzir
Navegar em mim
Paula Fernandes