domingo, 27 de fevereiro de 2011

Quem foi que disse que pra tá junto precisa tá perto?


A história é de um casal que na adolescência moravam no sítio, que por uma obra do destino se conheceram e se apaixonaram. Naquela época as coisas não eram tão avançadas como hoje, e os olhares transmitiam a doçura e o calor de um beijo, o frescor e o arrepio de um toque, o poder e o alento de mil palavras. Não tinham encontros marcados ou programados, apenas se encontravam quando dava, e quando dava também ficavam, os objetivos e sonhos não eram os mesmos, mas o amor que sentiam sim, esse sim era o mesmo, a mesma força e intensidade. Como não tinham muitas oportunidades de se verem, aquele amor foi ficando cada vez mais lá no fundo, e lá no fundo permaneceu. Ela de família humilde, mas sempre muito batalhadora por seus ideais vai embora para a cidade concluir os estudos e seguir uma carreira. Ele sempre responsável pelos negócios continua na mesma vida pacata de sempre. Os tempos se passaram, águas rolaram e ela encontrou outra pessoa que a amou incondicionalmente, por quem jurou viver para sempre diante de Deus. Ele por uma razão ou outra foi obrigado a se casar depois de uma gravidez indesejada, e depois mais um filho surgiu. Certo dia houve uma festa de casamento, e os dois corações apaixonados, adormecidos pelo tempo se reencontraram e a sensação foi a mesma há 9 anos atrás, as pernas, a barriga e o coração se descontrolaram quando os olhos se econtraram. A partir de então os contatos ficaram cada vez mais frequentes e a paixão mais difícil de segurar, o risco era grande, mas o amor e o fogo eram maiores ainda. Se encontravam sempre, e se amavam loucamente, aproveitavam cada momento juntos para provarem o quanto se amavam, o quanto eram loucos um pelo outro, e relembravam os momentos de adolescência e os inúmeros olhares de desejo repreendido, tentavam criar um novo futuro juntos, e imaginavam como teria sido se tivessem lutado antes por aquele amor que agora parecia tão perto e tão distante, quase que impossível. As juras de amor eram incessantes, com direito a lágrimas e arrependimentos de um tempo outrora, onde não se era mais possível voltar e reescrever uma nova história, com um novo final feliz. Nesse chove não molha ficaram por meses, saidinhas despercebidas, ligações proibidas durante a madrugada e encontros marcados em lugares discretos era o meio que encontraram pra matar o que os matavam por dentro. Mas a consciência dela falou mais alto e decidiu parar com aquilo, sabia que não era o certo, era gostoso e viciante, mas não era o correto a se fazer, por mais um vez aquele amor tinha que ficar adormecido, a notícia foi alarmante pra ele, e lágrimas jorraram como uma cachoeira em seus olhos, o coração em pedaços, mas a decisão estava tomada. As ligações foram reduzidas, e as visitas não mais aconteceram. Agora só resta as lembranças do momentos picantes e proibidos, das declarações e dos presentes guardados lá no fundo do peito, e a face volta a ficar molhada toda vez que aquela música que por muitas vezes foi a trilha sonora deles toca no rádio, o coração palpita, a boca seca, as pernas tremem, mas o cérebro avisa ao corpo inteiro que tudo se acabou e calmamente o coração volta ao normal, e aquela paixão, aquele amor enfim volta a durmir.


(História verídica de uma grande amiga minha, ela me autorizou e eu tentei postar em "poucas palavras" esse "Incrível Amor").

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