sábado, 12 de fevereiro de 2011

Relatos de alguém que escreve...


São 03:12 da manhã e eu perdi o sono, estava na cama rolando de um lado para o outro a espera do sono, mas ele não vinha e nem veio. No meu fone tocava a última música, porque o celular já estava apitando dando o alerta de que a bateria estava nos seus últimos segundos de vida, então me veio um turbilhão de pensamentos e de alguma forma eu tinha que postar, escrever, por pra fora o meu 'momento', não podia perder aquela inspiração toda, mas lembrei que no meu quarto não tinha caneta alguma, o computador estava desligado e até eu ligar, abrir a página e começar a escrever iria demorar muito, e se a internet caísse? Não, eu não podia vacilar, meus pensamentos não podiam esperar. Minha sorte é que tinha um caderno perto do computador e um lápis no fundo da gaveta no guarda roupa, a ponta estava grossa, mas aquilo não era problema. A pouca luz do celular iluminava as fracas linhas da página pautada e eu parecia um mais"Chico Xavier" escrevendo no escuro. No meio dos meus pensamentos a luz que me restava acabou, tateei no escuro a procura do carregador, não queria acender a luz e acordar meu pai que durmia a um quarto do meu, sei lá por onde ou como, mas ele sabia quando ela estava acesa. A única saída foi por o abajur no chão, de modo que ficasse próximo do celular, eu não queria deixar de ouvir James Blunt, ele me dava inspiração. E deitada ali no chão frio com os dedos doendo por apertar o horrível lápis de ponta grossa contra a folha fina de um caderninho de capa mole, ainda consegui duas linhas histórias ('Que se dane o mundo' e 'Querer' - já postadas aqui). Nesse instante senti algo passando por minha perna, levantei num salto e dessa vez sem medo acendi a luz, e quando olhei para o chão soltei um grito abafado de desespero e agonia, uma enorme aranha caranguejeira estava lá perto da toalha que eu colocara para me proteger da friagem do piso. De imediato pulei para cima da cama apavorada, e depois de alguns instantes tive coragem de abrir o guarda roupa, pegar um chinelo e então sem dó nem piedade arremessei contra aquele aracnídeo nojento e asqueroso até o ver sem vida, joguei-o fora e foi um presente para as formigas do quintal.
No meu player a música trocou e agora é ao som de Kelly Clarkson - Already Gone, que eu termino minha aventura da madrugada. Pois afinal, por umas meras palavras vale tudo.

Até a próxima.

5 comentários:

  1. Obrigado por me seguir, e epelos elogios.
    Ameeei seu blog, estou seguindo *-*

    Volte sempre, quando quiser, será bem vinda!
    http://lucasalmeida-f.blogspot.com/

    Beeejos :*

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  2. Regina obrigado pelo presente, recomendar me aos teus leitores.

    a arte da escrita muitas vezes exige silêncio, mas nada impede que belas canções no embalem nas madrugadas da vida.
    beijos

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  3. gostos das madrugadas, pois elas parecem nos levar ao infinito, e isso é muito inspirador....

    http://guilg7.blogspot.com/

    vlw...

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  4. Amores muito obrigada pelo carinho...fico imensamente feliz com a visita e o aconchego de vocês. Beijos e muito Sucesso a cada um. ;)

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  5. obrigada pelo carinho e palavras amada. adorei seu texto, vc tem um olhar singular, único para as coisas... é lindo, sigo tbm ;*

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